Rafting no Paraibuna

06/set/2009, 6:30hs. Acordo outra vez nesse horário para mais uma aventura. Ontem havia pedalado nove horas num total de 140 Km e hoje já me preparava para minhas primeiras três horas de rafitng no rio Paraibuna, um dos melhores do Brasil para a prática do esporte. Na semana anterior, meu amigo, Leonam, ligou-me convidando para a emoção e o melhor, tudo grátis. Imediatamente chamei minha namorada para nos acompanhar. Sua reação foi uma mistura de medo e vontade. Ela passou o resto da semana ansiosa e buscou informações em sites, amigos, google etc. Por outro lado, eu estava animado e receoso da Juliana desistir, principalmente quando ela me disse que a previsão é de chuva e que só iria se tiver sol. Enquanto meu ânimo crescia, a ansiedade dela diminuía ao descobrir que até criança participava. Com tudo pronto no dia anterior, acordamos cedo, pegamos o carro e pé na estrada. Chegando lá tivemos a infelicidade de não encontrar câmera descartável ou a prova d'água e por isso ficamos sem fotos durante o passeio. Mas o que faltou de foto no bote, sobrou em terra. Fotografamos tudo; todos com suas roupas normais, depois com o colete, em seguida com o capacete, agora com o remo, enfim todos entrando no bote... - Espera, espera, espera, tira mais uma minha com o Leonam - e seguiam-se inúmeras fotos. Durante o passeio foi legal. Tivemos a sorte de mudar de bote e pegar um instrutor mais animado que transformou nosso passeio no melhor possível do rafting. Aproveitamos ao máximo tudo que o rio conseguia nos proporcionar, pegamos uma queda de quatro metro, nadamos, surfamos, saltamos da ponte e principalmente... remamos. Já estávamos todos nos se sentindo super a vontade. Até Juliana que antes teve tanto medo disse que o rio poderia estar mais cheio pra aumentar a adrenalina. Chegamos na hora prevista, almoçamos maravilhosamente, brincamos com um avestruz e nos despedimos. Peguei o contato do instrutor para fazer a descida de Kaique individual, filmando e tirando foto - tudo por 130 reais. Como sempre, lembramos de algumas coisas e nos esquecemos de outras.

Para quem planeja fazer rafting, aqui vão algumas sugestões:

1- Leve um tênis para usar durante o rafting e outro para depois, (e claro, dois pares de meia).
2- Protetor solar, sabonete e toalha.
3- Dinheiro caso queiram ficar mais um dia na cidade.
4- Aos frientos, leve dois agasalhos, um para usar no rafting e outro para depois.

Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.






















Superando Limites - Lima Duarte

05/Set/2009, em uma cidade universitária alguém acorda 6:40 para começar seus preparativos.

Tudo começou por volta de outubro de 2008 quando dois jovens voltando de uma partida de paintball começaram a conversar sobre aventuras e descobrem que têm gostos semelhantes por desafios e adrenalina.
Guilherme e Elton são dois estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora e a escolha de seus cursos já revela a suas sede de emoção; engenharia elétrica(graduação) e física(atualmente, doutorado), respectivamente.

Já no primeiro encontro traçaram um desafio:
Meta.: Argentina
Data.: Dez/Jan 2008/2009.
Veículo.: Moto

Infelizmente os planos não deram certo devido a alguns contra-tempos de Guilherme. A ideia, porem, não morreu ali, mas pelo contrário criou forma e ficou mais robusta. Algumas mudanças ocorreram:
Meta.: Argentina
Data.: Jan/Dez 2009/2010.
Veículo.: BICICLETA
Distância.: 2.041 Km
Deste então começaram os treinos. Primeiro, para um auto conhecimento, uma pequena volta de 22 Km na cidade. Em seguida a mesma volta duas vezes somando um total de 44 Km. Enjoados de Juiz de Fora vão rumo à cidade mais próxima, Matias Barbosa em um total de 55 Km. Animados com o rompimento de Juiz de Fora decidem sair de Minas e rumam a Três Rios/RJ voltando de ônibus, total de 77 Km.

Depois disso, Elton também teve seus contra-tempos no mestrado e se dedicou mais à defesa. Guilherme também teve que adiantar os estudos para ir à Itália. Seguiu-se algum tempo sem treino, mas nunca parado até que os dois conseguiram se organizar e voltaram ao projeto. Com novas previsões de bom tempo, longe de nuvens carregadas dos compromissos inadiáveis, os dois aventureiros retomaram seus treinamentos, e agora é pra valer!

No final de semana do feriado de 7/set os dois combinaram uma trilha. Lima Duarte, nada de retorno de ônibus. Ida e volta num total de 120 Km. Saída de Juiz de Fora às 7:00hs, posteriormente adiada para às 8:00 hs e finalmente concretizada às 8:30 hs.

Os aventureis com suas bikes partiram rumo à Estrada Real Caminho Novo. Seus primeiros 40 Km foram com média de 28,5 Km/h, ótimo para uma bicicleta. Tão bom o resultado que serviu de ânimo para Guilherme que começava a cansar. Mesmo com novo ânimo, porém, o corpo começava a responder mal e os próximos 23 Km quilômetros jogaram suas médias para 25 Km/h (ainda assim, boa).
A esse ponto Guilherme já estava morto e pensava "Que merda eu vim fazer aqui?! Ainda tenho que voltar!". Elton, como sempre, estava normal. Os dois procuravaram aonde tinha uma cachoeira para refrescar e fazer um lanche e os informaram de uma tal de "Cachoeira do Salto" a "4 Km". Depois de andarem 8 Km, sendo 5 Km de estrada de terra, encontraram uma pequena corredeira que mal cobria os joelhos.

Repousaram ali por uns 40 minutos e depois voltaram para o centro e sem muita demora tomaram o caminho de volta.

A Estrada Real é ótima para treinar e pegar resistência, porém é péssima para passear. Todo seus 60 Km são descritos como uma senoide. Em parte alguma há um plano e quem anda de bicicleta sabe que as subidas são as responsáveis pelo cansaço do ciclista. Principalmente Guilherme o sabia e já estava exausto quando teve a surpresa do vento contra.

Não demorou muito para que Elton começasse a se distanciar dele. No meio do caminho Guilherme foi cortado por três ciclistas e no espírito de competição os alcançou e perguntou:
"Estão pedalando a quantos quilômetros?"
"Ah! Pouquinho... Uns 60 km"
"Pouquinho mesmo" pensou Guilherme que já havia ultrapassado os 110 Km.

Com o desgaste da volta a média total caiu para 16,5 Km/h e ambos chegaram às 18:30 no local de partida. (na verdade Elton teria chegado uns 20 minutos antes, pois esperou Guilherme no final da estrada).

Ao chegar, a comemoração, 140 Km em um dia! UhuHUh!
Novo Record, fotos no orkut...


Ecco minha narrativa.



Nesse treino aprendemos algumas coisas que deixarei como aprendizado a todos que têm interesse em se aventurarem.


1- Capacete! O capacete é essencial, não só para proteger de choques mecânicos como também do sol. Mesmo se estiver nublado.

Cometi a besteira de ir apenas de boné e fiquei com a cabeça doendo o resto do dia. Sorte não ter dado nada grave!

2- Protetor Solar! O sol castiga mesmo, e para a trilha não se transformar em um final de semana queimado como um camarão, passe o protetor na face e nos braços. Não se deixe enganar com o tempo nublado.


3- Assaduras! Vá com uma calça de ciclismo e um banco confortável. (Aos homens, se quiserem deixar herdeiros, usem os bancos com o "buraquinho"). Use o talco antes e depois da trilha.


4- Cansaço! O cansaço aumenta de forma exponecial, portanto, tenha sempre uma quantidade de dinheiro suficiente para poder voltar de ônibos e também se alimentar.


5- Alimentação! Quanto mais água puder levar melhor. Cuidado com as da estrada e bares, pois podem te dar uma baita diarréia. Leve também barras de cereais e isotônico. A boa alimentação começa na semana e não deve mais parar.

Boa Aventura! David Guilherme Fonseca