Turismo Petrópolis - Rio de Janeiro.

A postagem anterior é a primeira parte que tem continuação nessa. Recomendo que leia-a para pode ter uma maior interação com as histórias. E vamos a elas. Dia seguinte e seguem-se as quebras de paradigma. Da última vez acordei cedo, mas sem reclamar e dessa vez nem cedo acordei. As coisas estão melhorando... São 11 de novembro de 2009, estamos em Petrópolis, cidade de Santos Dumont e Dom Pedro II. O plano inicial era se levantar, e sem perder tempo, ir para o Rio, de bike. No dia anterior tivemos uma calorosa discussão sobre o que fazer. Elton queria seguir o plano, eu, por outro lado, queria fazer um turismo na cidade e o Lucas não estava do lado do vencedor. Depois de muitos argumentos, contra-argumentos e contestações, Elton, sem muita escolha, resolveu ficar.
Abastecidos com um café da manhã carinhosamente preparado pela família da Thais, começamos e explorar a cidade. Encontramos as meninas no centro e fomos ao museu de Dom Pedro II, mas como a fila estava grande desistimos. Fizemos uma charge, visitamos o casa de Santos Dumont, fomos na Catedral, monsoleu de Dom Pedro e em particular, comi um acarajé e fui no palácio de cristal e comprei camisas, toca, desafios - tipo o cubo mágico , placa e um chaveiro para minha namorada - o faço sempre que visito uma cidade "aventurosamente" . A tal ponto já não estávamos mais com as meninas. Elas são muito lentas e atrasavam nosso turismo.
Almoçamos em um restaurante, encontramos com um grupo muito engraçado chamado " Abrace Grátis " e tiramos muitas fotos.
Havia mais coisas a visitar, principalmente uma casa de aventura com escaladas e tirolesa de 200m, mas o tempo não estava a nosso favor. Por volta das seis, pegamos as bikes e fomos para o Rio. As nove havíamos chegado. Deixamos as bikes e roupas sujas na casa de um amigo meu e seguimos para o CouchSurfing. Ficamos duas noites e dois dias hospedados na casa da Chantal, menina super legal. Ela nos deu, (para mim e para o Elton, pois o Lucas é velho de guerra), uma ótima primeira experiência do programa de hospedagem.
Primeira dia encontramos nossas amigas de Volta Redonda e saltamos de asa delta, que será postado com mais detalhes. No dia seguinte visitamos o Pão de Açúca. O bondinho custa 44 reias, mas os cariocas é a metade. Chantal nos arrumou seu comprovante de residência e um documento seu de forma que conseguimos pagar meia. Se tivéssemos uma carteira de estudante do Rio também teria dado certo. A subida é interessante, as janelas de vidro nos dar uma sensação interessante. Lá encontrei um "saco" de gringos, mas nenhum italiano para que eu pudesse praticar. Ainda no morro da Urca pegamos o segundo bondinho para o Pão de Açúcar e curtimos o lugar. Elton e Lucas bateram muitas fotos, eu comprei uma camisa e sai em algumas de suas fotos. Assisti um pequeno vídeo apresentado ao público que contava a história do teleférico e os heróis, um que atravessou os cabos do bondinho de moto e o outro a pé, como andando na corda bamba.
De lá comemos uma pizza gigante, pegamos nossas coisas e fomos para o Cristo. Ficamos na dúvida se subíamos de táxi ou de trem. Ambos custavam 45 reais, aproximadamente. Como o Lucas já havia subido de taxi ficamos com a segunda opção. A visita ao Cristo já foi gratuita, mas agora deve-se pagar uma taxa e essa não tem nenhum tipo de isenção. Chegando lá encontramos tanta neblina que mal podíamos ver o Cristo em nossa frente. Cristo que me decepcionou, pois pensava que fosse duas vezes maior. Mas apesar do tempo, nos divertimos muito. Batemos um monte de foto que ficaram muito engraçadas, achamos 12 reais e depois de algum tempo curtindo o lugar, pegamos nossas coisa na casa de meu amigo e seguimos para a rodoviária. Chegando em casa as quatro da manhã, nem preciso falar que matei as aulas daquele dia.
O Turismo foi muito bom. Brasileiro, já viajado para a Europa, nunca tinha conhecido o Rio de Janeiro de verdade. Essa é uma cidade fantástica com bondinho, Cristo, belas praias, gente bonita, asa delta, escaladas, teatro, jardim botânico, zoológico, bares famosos... Muita gente fala mal, e de fato há muito o que melhorar, mas de qualquer forma o Rio continua sendo uma cidade ímpar, com poucas no mundo iguais a ela. Todo brasileiro deve ter orgulho se seu patrimônio e antes de sair conhecendo o mundo conhecer seu próprio país, meu atual objetivo. Infelizmente não tivemos a oportunidade de visitar tudo, mas dezembro quero voltar para escalar o Pão de Açúcar e saltar novamente de asa delta. Todas as noites chegávamos esgotados e não fazíamos outro que dormir. Mais um evento ou mais um dia que eu ficasse no Rio seria o suficiente para deixar meu bolso liso. Passei dois meses economizando dinheiro para esse passeio, e posso dizer que foi um ótimo investimento. Daqui a dois meses volto e faço tudo de novo.
Boa Aventura, David Guilherme Fonseca.
Agradecimento especial ao meu grande amigo, Gilton e a Chantal, nossa anfitriã do CouchSurfing. Obrigado por nos emprestar a sua casa.

Petrópolis, o começo de uma nova aventura.

No dia 10/10/2009 se repetiria a mesma história. Levantar cedo, reclamar do sono e do frio, tomar o café da manha, arrumar a bike e pedal na estrada. Esse seria o roteiro esperado, mas não dessa vez.
As aventuras estão fazendo sucesso. Muitos dos meus amigos estão lendo o blog e compartilhando desse espírito aventureiro. Já me perguntaram o preço do rafting, do asa delta, do pára-quedas, quando será a próxima viagem, destino, se estou mesmo animado para ir à Argentina ... E nessa entusiasmada troca e de idéias e planos, tivemos um novo membro para desbravar os mais emocionantes e radicais esportes disponíveis no mercado de aventura. (Nossa, que loucura!).
Welcome Lucas! Estudante de Computação na UFJF, já viajou para Europa e pros “States” dando uma de mochileiro e conhecendo os lugares mais maneiros. Apresentou-nos o site de hospedangem, CouchSurfing, e dividiu algumas aventuras conosco.
Sendo assim, dessa vez acordo um pouco mais animado, chamo-o e vejo na sua animada expressão a vontade de continuar dormindo e abandonar toda essa loucura de pedalar até Petrólis. Conheço bem aquelo que ele estava sentindo. Ao olhá-lo daquele jeito lembrei das várias vezes que passei por isso e nessa hora só tive uma coisa a fazer. Rir! KkKkKkK. É uma cena muito engraçada, mas só a conhecerá quem já acordou de madrugada para ir pedalar de baixo de chuva.
Depois de rir começamos o passeio. Fizemos paradas em todas as cidades para batermos fotos nas placas. Elton e eu já conhecíamos tudo aquilo, mas até então era novidade para o Lucas. Já na primeira parada, em menos de 30Km, o primeiro acidente, meu pneu furou em Matias Barbosa. Não tem problemas, estávamos preparados, ou melhor, Elton estava preparado. Arrumamos a bike dando seguimento ao passeio. Tiramos mais fotos na divida Minas/Rio, na placa de Três Rios e ao parar para mais uma, o segundo acidente. Em 63Km meu pneu furou novamente.


Durante a semana em que planejávamos a rota, duas das meninas que moram conosco ficaram dizendo para o Lucas não ir, que ele não agüentaria, não estava acostumado a pedalar, que era longe... Mulheres são de fato muito preocupadas e nada grave aconteceu. Até Três Rios fizemos uma média baixa, pois era a primeira pedalada do Lucas e não conhecíamos seu ritmo e resistência. Em Três Rios, Lucas seguiu de ônibus completando 65Km no seu primeiro passeio, muito bom! Superou as expectativas de muita gente, que não acreditavam que ele passaria do primeiro pedágio ( 40Km ).


Tentando tirar o atraso, Elton e eu aceleramos as pedalas. Em outros tempos, como em Lima Duarte, com um pneu grosso, garfo velho, relação pesada, folgas em cada eixo,
teria eu também ido de ônibus com o Lucas, mas deixados para trás os tempos heróicos, chegeui a Petrópolis sem problemas. Fomos hospedados pela grande Thais, amiga que também mora conosco, e em sua casa encontramos o Lucas e mais a meninas. Discutimos sobre o próximo trajeto, tomamos um caldo verde preparado pelo irmão de nossa anfitriã, ajeitamos os eventos do dia seguinte e dormimos.
Dessa vez completamos 124Km, não foi um record, mas foi a maior distância pedalada direto. Esse foi o primeiro de uma jornada de quatro dias de viagem. Acompanhe as próximas postagens.
Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.

Agradecimento especial à Thais e sua família, que nos recebeu muito bem e tornou ainda mais viável nosso passeio. Obrigado!

Novos Recordes – Santos Dumont.


Aqui narro minha viagem de ida e volta para Santos Dumont, cidade onde nasceu o pai da aviação. Foram 163 Km numa média de 20Km/h, realizada no dia 04/10/2009, domingo.
Pedalar é pior que mel, quem nunca provou se lambuza. Minha primeira pedalada acima dos 100 Km, para Lima Duarte, me viciou em longas distâncias.
Mas nem tudo é tão belo assim, sempre que acordo cedo para pedalar penso “Que merda estou fazendo?! Não tem sentido nisso. Acordar de madrugada, passar frio, pegar a bicicleta pensando que é um carro. Aonde estou com a cabeça?” - Se estivesse sozinho não teria feito nenhuma das minhas viagens.
Depois de um longo diálogo comigo mesmo consegui me convencer de levantar.Demoramos mais duas horas nos preparativos e finalmente pedal na estrada. Ao sair demos de cara com uma neblina muito densa. Já comecei a lembrar de tudo aquilo que sempre lembro quando acordo, mas nem tive muito tempo para "discussões internas", pois depois de cinco minutos a vista ficou perfeita. O susto inicial só serviu para batermos fotos e testarmos a coragem e disposição.
Fizemos um passeio tranquilo até Santos Dumont, apesar da dificuldade de pedalar. As vezes pensava que o Elton tinha passado cola no meu pneu, pois a bike não andava, também tomamos um pouco de chuva, mas que só serviu para nos sujar. Superado os obstáculos, cortamos a cidade parando apenas para tirar algumas fotos e assim nos dirigimos para o museu de Cabangu, casa aonde nasceu Santos Dumont.


O lugar é bacana demais. Conhecemos um pouco mais de sua história, compramos algumas lembranças e claro, batemos muitas fotos.
Já famintos, voltamos e almoçamos no “Pôr-do-Sol”, lugar excelente, localizado a caminho do museu. Uma vez empanturrados, rumamos para a casa. O caminho de volta estava bem mais fácil, o que me animou, pois a tal ponto estava torcendo para a minha bicicleta quebrar e voltar de ônibus.
Voltando de noite, tivemos um retorno de vaga-lume com o farol do Elton que piscando, me dava a entender que estava numa boite.
Depois disso olhamos o computador de bordo e... voilà, novo record, 163Km! E nisso a vontade de pedalar aumentava cada vez mais. Videos no youtube := "davidguilhermedbb".














Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.

Should I stay or should I go now ?


Competição de Natação, na JUJF (jogos universitários de Juiz de Fora), 03/10/2009. Uma surpresa!
Na minha diária checagem dos email's, há um mês atrás, encontro uma mensagem da atlética convidando os alunos a participarem dos jogos universitários.
Sempre gostei de nadar. Certa vez, na quinta série, participei da equipe da minha sala e no dia da competição.... fiquei em último lugar quase não conseguindo completar o percurso.
Mas isso não foi suficiente para me desanimar, exceto por uma semana, quando nem na aula fui devido à vergonha de aparecer na frente dos amigos.
Nunca pratiquei natação, apesar de gostar muito. Nos eventuais churrascos que tínhamos, fazíamos uma corrida até o final da borda e eu costumava vencer dos meus amigos bêbados e sedentários que nunca praticaram natação... Grande feito!
Essas foram as recordações que me vieram a tona quando vi o email da atlética, e depois dessas boas lembranças, me escrevi na equipe.
Fiquei algum tempo à espera de um treino até que recebi um scrap " o pessoal da comp. vai lá as 7:30 ". Depois de algumas trocas de mensagem entendi que eu estava sendo chamado para a competição que seria dali a três dias. Na mesma hora lembrei-me daquele menino de 10 anos ficando em último lugar. Tentei me informar do nível dos competidores, mas não era nada demais, apenas federados e ex-federados... De fato, seria o meu fim!
Fiquei na contagem regressiva pensando "Devo ficar ou devo ir ?". Então fui!
Acordei já morrendo de sono e me fiz a mesma pergunta, já havia pensado em várias desculpas para dar para a equipe e cogitado todas as conseqüências caso eu faltasse, e for fim, fui.Chegando lá, olhei a piscina e me veio o frio na barriga, conversando, porem, fiquei mais calmo. Minha primeira prova foram os 50 metros livres. Fiquei em nono, com dose participantes. Fiquei feliz por não ficar em último e ter completado o percurso. A segunda prova foi o revezamento 4x50 livres. e no final, a grande surpresa que nem me havia passado pela cabeça. Ficamos em primeiro lugar. Vencemos a prova e voltei para a casa com uma medalha de primeiro colocado, coisa que nem imaginava. Antes de tudo, tirei muita onda com a medalha, mas depois contei que foi no revezamento 4x50.
Meu tempo foi de 50m em 34,5s. Tenho muito o que treinar. Assim, mais uma vez confirmei minha teoria de não deixar nenhuma aventura escapar. Videos no youtube := "davidguilhermedbb".
Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.

Trekking Urbano - Un giro in Italia

Essas últimas férias foram longas, seus preparativos tiveram início em março e terminou no dia 18 de agosto de 2009, um dia depois do planejado e que "um dia".

Meu pai sempre foi distante e deste os 13 anos que não o via, e antes disso também nunca soube dele. Tivemos três encontros em toda a vida; um aos cinco anos, outro aos 12 e por fim aos 13. Já não sabia em que pais morava e nem se era ainda vivo. A vontade de procurá-lo existia, mas nunca tive tempo e internet para isso, o que foi resolvido nas férias de janeiro de 2009.

Sem mais desculpas, vestir meu caráter de Sherlock Homes e dei início às pesquisas. Depois de algumas investidas no google, email para amiga na Suiça e telefonemas para amigo na Alemanha encontrei o danado e também meus três irmãos.

Depois disso seguiu-se a festa. Animado com a ideia de ir para a Itália passei o resto do período estudando como um louco para passar em tudo com duas provas e viajar mais cedo. O resultado foi de duas reprovações e alguns records.

Com tudo pronto, talvez nem tão pronto assim, sigo para o Rio com minha sogra, namorada, seu primo e irmã. Lembro-me da ultima vez que vi a Juliana entrando no elevador me dando um tchauzinho e pensei - Puxa! Dois meses sem minha princesa.

No aeroporto conversei com um americano, em francês, e nessa hora vi que meu idioma estava bom. Animado com a capacidade de comunicar em outra língua toda hora chamava as aeromoças da Air France para falar alguma coisa, acho que se elas tivessem a opção me lançariam pela janela sem pára-quedas.

O encontro com meus irmãos em Milão foi gostoso. Jantamos uma pasta (macarrão) e no decorrer dos dias eu fui descobrindo que italiano só come pasta. É Pasta no almoço, é pasta na janta e pasta no dia seguinte. Eles adoram isso e como variedade, mudam o molho e o nome e dizem que é um prato diferente. Cada dia eu ouvia um nome estranho e na esperança de comer um arrozinho com feijão, encontrava uma pasta com a cor diferente. Discutíamos inúmeras vezes de qual era a melhor comida, além do futebol e das mulheres mais lindas. É lógico, o Brasil ganha em todas, mas eles nunca assumiam.

Fiquei um tempo morando com meu irmão, Isak, ou David, em Torino e depois fui para San Remo com a mãe dos meus outros dois irmãos, Giamp e David. Maria Grazia foi uma pessoa maravilhosa e me fez sentir como um filho seu. Chegando lá nos aventuramos em uma mudança. Altas madrugadas tentando mover os móveis sem fazer barulho, mandando os vizinhos chatos irem cagar, em português e passeando pela cidade e arredores.

Alguns acontecimentos merecem serem narrados aqui, segue-se as desventuras em série.

Uma vez que a porta se fechou e ninguém estava com a chave. Maria Grazia surtou, tudo já havia dado errado e agora estávamos trancados no lado de fora. Mas isso não foi problema, pois eu escalei o prédio pela vizinha de baixo e abri a porta. Depois disso fui chamado de "Uomo Ragno".

No meu penúltimo dia de Itália decidimos fazer um churrasco na praia, mas nos atrasamos e saímos de noite. Já não havia uma luz e como não conseguíamos lenha para queimar na fogueira, pegamos os moveis usados e queimamos. Foi um churrasco incrível.

Dei uma de mochileiro duas vezes, uma para Pisa e outra para Gênova, a terra de Cristóforo Colombo. A sensação de colocar uma mochila nas costa e conhecer um pedaço do mundo é inenarrável. Sair sozinho e livre, estar no meio de pessoas de vários países e fazendo parte de tudo aquilo. Conversar em outros idiomas e fazer amigos que duraram alguns minutos e voltar a estar sozinho na caminhada de um solo totalmente novo. É tudo muito incrível.

Em Pisa dei uma volta na cidade e passei o resto do tempo na Piazza Dei Miracoli, aonde fica a torre e outros monumentos. Em Gênova também dei uma volta na cidade, fui em um castelo, navio pirata e em um aquário de tubarões, golfinhos, pingüins, água viva, peixes estranhos, leão marinho...
Também conheci Bussana Vecchia (cidade terremotada), Mônaco (da fórmula 1) e algumas cidades da França.

Indo para Nizza trocar minha passagem ficamos sem moeda para pagar o pedágio. A essa altura meu francês já tinha virado italiano e nós não conseguíamos nos comunicar. Sai do carro pedindo para trocarem o dinheiro para depositarmos as moedas. Sob pressão, pois a fila atrás de nós estava grande e muitos já buzinavam, ao tentar falar francês inventei um idioma que nem eu entendia, o "portitalancês". Maria Grazia ria e ria e eu correndo de um lado para o outro até que me informaram de um caixa que aceitava dinheiro. Entrei na frente dos carros para ela trocar de faixa e conseguimos sair do sufoco rindo pra não chorar.

Por ultimo, essa tal "um dia" de atraso, que durou um filme. Só essa história renderia uma postagem, mas vou resumi-la...

No dia do vôo, não conseguimos comprar a passagem para Milão e então fizemos uma aventura viajando de carro mais de 100Km até conseguir compra-la em outra cidade. Meu voo era as 18:30hs com embarque as 18:00hs. Eu deveria chegar em Milão as 16:15hs e pegar um ônibus de uma hora para o aeroporto aonde chegaria as 17:15hs. Não sei por que, mas quando olhei o relógio do ônibus vi que o trem havia atrasado uma hora, justamente o tempo que eu teria para me resolver dentro do aeroporto. .

Cheguei as seis no aeroporto e subir correndo para o cheking e quando procurei o passaporte, cadê? Havia sido furtado, no máximo há uma hora. Nesse momento fiz o que qualquer pessoa normal faria; entrei em pânico! "Meerrrda! Isso não está acontecendo." Desci até o ônibus e não encontrei minha carteira, fui à polícia e fiz a queixa. Como eu tinha uma xerox do passaporte e um documento original na minha mala, pude viajar. Porem, uma coisa eu não entendia; havia passado mais de meia hora toda essa brincadeira e o avião não havia decolado. Quando me dei conta eram 18:10hs e então percebi que o relógio do ônibus estava uma hora adiantado tendo me desesperado a toa. Com a passagem em mãos desci para o embarque, mas quando cheguei não me deixaram embarcar, mesmo sendo ainda 18:25hs e assim perdi o vôo. Agora sem dinheiro, cartão de crédito e passaporte, como faria para retornar ao Brasil? Vivi a história de um filme, "O Terminal". Graças a Deus, porém, havia minha sogra a qual recorri e solucionou tudo.
Assim fui recebido pela minha gatinha no dia 19 de setembro de 2009, com "um dia" de atraso.
Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.


Rafting no Paraibuna

06/set/2009, 6:30hs. Acordo outra vez nesse horário para mais uma aventura. Ontem havia pedalado nove horas num total de 140 Km e hoje já me preparava para minhas primeiras três horas de rafitng no rio Paraibuna, um dos melhores do Brasil para a prática do esporte. Na semana anterior, meu amigo, Leonam, ligou-me convidando para a emoção e o melhor, tudo grátis. Imediatamente chamei minha namorada para nos acompanhar. Sua reação foi uma mistura de medo e vontade. Ela passou o resto da semana ansiosa e buscou informações em sites, amigos, google etc. Por outro lado, eu estava animado e receoso da Juliana desistir, principalmente quando ela me disse que a previsão é de chuva e que só iria se tiver sol. Enquanto meu ânimo crescia, a ansiedade dela diminuía ao descobrir que até criança participava. Com tudo pronto no dia anterior, acordamos cedo, pegamos o carro e pé na estrada. Chegando lá tivemos a infelicidade de não encontrar câmera descartável ou a prova d'água e por isso ficamos sem fotos durante o passeio. Mas o que faltou de foto no bote, sobrou em terra. Fotografamos tudo; todos com suas roupas normais, depois com o colete, em seguida com o capacete, agora com o remo, enfim todos entrando no bote... - Espera, espera, espera, tira mais uma minha com o Leonam - e seguiam-se inúmeras fotos. Durante o passeio foi legal. Tivemos a sorte de mudar de bote e pegar um instrutor mais animado que transformou nosso passeio no melhor possível do rafting. Aproveitamos ao máximo tudo que o rio conseguia nos proporcionar, pegamos uma queda de quatro metro, nadamos, surfamos, saltamos da ponte e principalmente... remamos. Já estávamos todos nos se sentindo super a vontade. Até Juliana que antes teve tanto medo disse que o rio poderia estar mais cheio pra aumentar a adrenalina. Chegamos na hora prevista, almoçamos maravilhosamente, brincamos com um avestruz e nos despedimos. Peguei o contato do instrutor para fazer a descida de Kaique individual, filmando e tirando foto - tudo por 130 reais. Como sempre, lembramos de algumas coisas e nos esquecemos de outras.

Para quem planeja fazer rafting, aqui vão algumas sugestões:

1- Leve um tênis para usar durante o rafting e outro para depois, (e claro, dois pares de meia).
2- Protetor solar, sabonete e toalha.
3- Dinheiro caso queiram ficar mais um dia na cidade.
4- Aos frientos, leve dois agasalhos, um para usar no rafting e outro para depois.

Boa Aventura! David Guilherme Fonseca.






















Superando Limites - Lima Duarte

05/Set/2009, em uma cidade universitária alguém acorda 6:40 para começar seus preparativos.

Tudo começou por volta de outubro de 2008 quando dois jovens voltando de uma partida de paintball começaram a conversar sobre aventuras e descobrem que têm gostos semelhantes por desafios e adrenalina.
Guilherme e Elton são dois estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora e a escolha de seus cursos já revela a suas sede de emoção; engenharia elétrica(graduação) e física(atualmente, doutorado), respectivamente.

Já no primeiro encontro traçaram um desafio:
Meta.: Argentina
Data.: Dez/Jan 2008/2009.
Veículo.: Moto

Infelizmente os planos não deram certo devido a alguns contra-tempos de Guilherme. A ideia, porem, não morreu ali, mas pelo contrário criou forma e ficou mais robusta. Algumas mudanças ocorreram:
Meta.: Argentina
Data.: Jan/Dez 2009/2010.
Veículo.: BICICLETA
Distância.: 2.041 Km
Deste então começaram os treinos. Primeiro, para um auto conhecimento, uma pequena volta de 22 Km na cidade. Em seguida a mesma volta duas vezes somando um total de 44 Km. Enjoados de Juiz de Fora vão rumo à cidade mais próxima, Matias Barbosa em um total de 55 Km. Animados com o rompimento de Juiz de Fora decidem sair de Minas e rumam a Três Rios/RJ voltando de ônibus, total de 77 Km.

Depois disso, Elton também teve seus contra-tempos no mestrado e se dedicou mais à defesa. Guilherme também teve que adiantar os estudos para ir à Itália. Seguiu-se algum tempo sem treino, mas nunca parado até que os dois conseguiram se organizar e voltaram ao projeto. Com novas previsões de bom tempo, longe de nuvens carregadas dos compromissos inadiáveis, os dois aventureiros retomaram seus treinamentos, e agora é pra valer!

No final de semana do feriado de 7/set os dois combinaram uma trilha. Lima Duarte, nada de retorno de ônibus. Ida e volta num total de 120 Km. Saída de Juiz de Fora às 7:00hs, posteriormente adiada para às 8:00 hs e finalmente concretizada às 8:30 hs.

Os aventureis com suas bikes partiram rumo à Estrada Real Caminho Novo. Seus primeiros 40 Km foram com média de 28,5 Km/h, ótimo para uma bicicleta. Tão bom o resultado que serviu de ânimo para Guilherme que começava a cansar. Mesmo com novo ânimo, porém, o corpo começava a responder mal e os próximos 23 Km quilômetros jogaram suas médias para 25 Km/h (ainda assim, boa).
A esse ponto Guilherme já estava morto e pensava "Que merda eu vim fazer aqui?! Ainda tenho que voltar!". Elton, como sempre, estava normal. Os dois procuravaram aonde tinha uma cachoeira para refrescar e fazer um lanche e os informaram de uma tal de "Cachoeira do Salto" a "4 Km". Depois de andarem 8 Km, sendo 5 Km de estrada de terra, encontraram uma pequena corredeira que mal cobria os joelhos.

Repousaram ali por uns 40 minutos e depois voltaram para o centro e sem muita demora tomaram o caminho de volta.

A Estrada Real é ótima para treinar e pegar resistência, porém é péssima para passear. Todo seus 60 Km são descritos como uma senoide. Em parte alguma há um plano e quem anda de bicicleta sabe que as subidas são as responsáveis pelo cansaço do ciclista. Principalmente Guilherme o sabia e já estava exausto quando teve a surpresa do vento contra.

Não demorou muito para que Elton começasse a se distanciar dele. No meio do caminho Guilherme foi cortado por três ciclistas e no espírito de competição os alcançou e perguntou:
"Estão pedalando a quantos quilômetros?"
"Ah! Pouquinho... Uns 60 km"
"Pouquinho mesmo" pensou Guilherme que já havia ultrapassado os 110 Km.

Com o desgaste da volta a média total caiu para 16,5 Km/h e ambos chegaram às 18:30 no local de partida. (na verdade Elton teria chegado uns 20 minutos antes, pois esperou Guilherme no final da estrada).

Ao chegar, a comemoração, 140 Km em um dia! UhuHUh!
Novo Record, fotos no orkut...


Ecco minha narrativa.



Nesse treino aprendemos algumas coisas que deixarei como aprendizado a todos que têm interesse em se aventurarem.


1- Capacete! O capacete é essencial, não só para proteger de choques mecânicos como também do sol. Mesmo se estiver nublado.

Cometi a besteira de ir apenas de boné e fiquei com a cabeça doendo o resto do dia. Sorte não ter dado nada grave!

2- Protetor Solar! O sol castiga mesmo, e para a trilha não se transformar em um final de semana queimado como um camarão, passe o protetor na face e nos braços. Não se deixe enganar com o tempo nublado.


3- Assaduras! Vá com uma calça de ciclismo e um banco confortável. (Aos homens, se quiserem deixar herdeiros, usem os bancos com o "buraquinho"). Use o talco antes e depois da trilha.


4- Cansaço! O cansaço aumenta de forma exponecial, portanto, tenha sempre uma quantidade de dinheiro suficiente para poder voltar de ônibos e também se alimentar.


5- Alimentação! Quanto mais água puder levar melhor. Cuidado com as da estrada e bares, pois podem te dar uma baita diarréia. Leve também barras de cereais e isotônico. A boa alimentação começa na semana e não deve mais parar.

Boa Aventura! David Guilherme Fonseca